"Nós temos uma relação com os Estados Unidos e, sobre essa questão da espionagem, queremos as maiores garantias", declarou o premier durante uma coletiva de imprensa improvisada à margem de sua viagem à Colômbia. "Não é o senhor Assange que deve dizer à França o que fazer nesse domínio", acrescentou, se referindo às pressões feitas pelo ativista australiano na última quarta-feira, para que Paris tomasse as devidas providências contra Washington.
Segundo Valls, o escândalo tornado público há dois dias, embora insuportável, já é um caso terminado, e a França exigirá garantias para que não se reproduza novamente.
"Não é possível haver esse tipo de prática contra autoridades. Os Estados Unidos devem compreender o mal que foi feito com esse tipo de prática, e principalmente na relação com seus aliados e com a França mais particularmente", concluiu o primeiro-ministro.
Na noite de ontem, Assange, que vive há três anos na embaixada do Equador em Londres, disse em entrevista ao canal francês TF1 que a soberania da França não pode ser pisoteada e que o país deveria lançar um inquérito parlamentar sobre o assunto.