O aumento do risco de ameaça terrorista – causado pela desestabilização do Oriente Médio, a ascensão do Estado Islâmico e as consequências da Primavera Árabe em todo o norte da África – levou agências de inteligência a lançarem advertências específicas para destinos turísticos.
#TUNISIA Terror Attack Affect Vital Tourism Industry: Large Number Of Foreign Tourists Flee After Seaside #Massacre pic.twitter.com/K3na1EyJWK
— Terrormonitor.org (@Terror_Monitor) 28 junho 2015
Na sequência dos tiroteios na Tunísia, em que um atirador matou 38 turistas deitados ao sol, milhares de pessoas resolveram sair do país e cancelar suas férias, colocando em perigo a mais importante fonte de receitas da nação.
Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido afirma que a ameaça terrorista é classificada como "elevada" em mais de 30 países ao redor do mundo, com destinos populares como a Espanha e a França recebendo a mesma classificação da Líbia, do Paquistão e da Somália. Turquia, Egito, Tailândia, Austrália e Bélgica também são classificados na lista de alto risco.
Esta semana, o governo espanhol também levantou sua própria classificação de ameaça terrorista a um nível mais alto, depois do ataque na vizinha França.
E nesta quarta-feira (1º), o governo australiano emitiu a sua própria advertência.
"Há uma ameaça permanente de terrorismo na Europa. No passado, ataques terroristas ocorreram em várias cidades europeias, como Glasgow, Londres, Madrid, Moscou e Paris. Os alvos incluíram transportes públicos e centros de transportes, e locais públicos frequentados por estrangeiros. Além disso, uma série de ataques planejados foi interrompida pelos serviços de segurança europeus nos últimos anos, ressaltando o contínuo interesse dos terroristas em atacar locais da Europa", sinaliza o comunicado australiano.
Entre os destinos classificados com baixo risco de ameaça terrorista, destacam-se: Islândia, Bolívia, Equador, Polônia, República Tcheca, Suíça, Hungria, Vietnã e Japão.
Um porta-voz da maior associação de viagens da Europa, a ABTA disse à Sputnik:
"É claro que estamos vivendo com a ameaça do terrorismo e, como uma indústria, é uma situação que temos de gerir".
"Nós vimos a indústria responder rapidamente, de forma decisiva e com compaixão no fim de semana, em circunstâncias muito difíceis. A segurança dos clientes é e continuará a ser a maior prioridade para a ABTA e nós vamos continuar a nos coordenar estreitamente para minimizar o risco potencial", disse o porta-voz.