Hollande pede que Europa chegue rápido a acordo com Grécia

© REUTERS / Pawel KopczynskiCofre quebrado com as cores da bandeira da Grécia
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O presidente da França, François Hollande, pediu nesta quarta-feira que a Europa consiga rapidamente um acordo com a Grécia. Hollande criticou o comportamento "brutal" de obstrução de algumas das partes envolvidas nas conversas.

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"Eu acho que ainda precisamos buscar um acordo, negociação, razão, e alguns ainda precisam ser convencidos disso", afirmou Hollande durante um intervalo de uma visita a Lyon. "Se um acordo puder ser fechado antes do referendo, o voto fará mais sentido", disse ele. "Nós precisamos ser claros: o acordo deve vir agora. Ele não pode ser retardado", completou, segundo a Agência Estado.

Hollande não especificou o que estava bloqueando um acordo, mas seus comentários são feitos em meio à intensificação do impasse entre a Grécia e outros países europeus, em particular a Alemanha. Mais cedo, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, disse que ainda não há base para conversas sérias com a Grécia, mesmo após novas propostas de Atenas.

Após os comentários do líder francês, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, condenou a rejeição pela Europa das propostas gregas e repetiu seu pedido para que os eleitores do país votem "não" no plebiscito de domingo sobre as medidas exigidas pelos credores em troca de mais ajuda. A vitória do "não" fortaleceria a capacidade de negociação grega, disse Tsipras.

Já Hollande avaliou que a vitória do "não" no plebiscito seria um passo rumo ao desconhecido. Segundo ele, a França busca chegar a um acordo tanto para a Europa quanto para a Grécia.

Rússia e Grécia poderiam ajudar

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Segundo o economista francês Michel Husson, integrante do Comitê de Auditoria da dívida grega, investimentos da Rússia e da China poderiam ajudar a economia grega. Ele afirmou à Sputnik que "investimentos internacionais poderiam obviamente exercer um papel complementar decisivo."

Seundo Husson, o essencial para Atenas é executar projetos de cooperação que sejam igualmente vantajosos para os parceiros.

"Desse ponto de vista, o projeto de construção de um gasoduto russo na Grécia, como no acordo firmado em 19 de junho, é um bom exemplo de desenvolvimento conjunto", avaliou.

O economista ressaltou ainda a importância de investidores gregos como condição para que a economia do país tenha possibilidade de se recuperar.

"Em vez de novos credores, a Grécia precisa de investimentos. As instituições europeias poderiam fechar a Grécia em um ciclo infernal de negociações perpétuas."

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