A região onde fica Zabadani é estrategicamente importante para a Síria e Líbano porque lá passa a estrada entre Beirute e Damasco. Anteriormente, esta zona era um popular resort mas agora é um dos redutos dos militantes na fronteira com o Líbano.
Segundo a fonte da agência, o ataque à cidade começou na manhã de sábado e foi acompanhado por um maciço bombardeio aéreo e de artilharia. Poucas horas depois, a cidade ficou sob o controle do exército.
Como relata a Euronews, antes do inicio da guerra civil na Síria em 2011 o fornecimento de armas para o Hezbollah era realizado através dessa cidade. Segundo a Reuters, Zabadani foi invadida por cerca de 2 mil militantes da Al-Qaeda e Frente al Nusra, que minaram as entradas na cidade.
A ofensiva do exército de Assad e dos xiitas de Hezbollah é uma chance para Damasco recuperar o poder sobre o oeste da Síria, onde os jihadistas do Estado islâmico se estabeleceram.
A cooperação do exército com o Hezbollah se tornou uma aliança bem sucedida e mais útil do que qualquer outra ajuda estrangeira — vários países sugeriram contribuir para a luta com Estado Islâmico mas tendo em conta os seus próprios interesses.
Por exemplo, as autoridades dos Estados Unidos se juntaram à luta com EI, ignorando o governo oficial. A Casa Branca considera o presidente Bashar Assad ilegítimo e pede a sua renúncia mas, ao mesmo tempo, tem medo de que os militantes do EI tomem o poder no país.
Em fevereiro o Pentágono anunciou que tinha assinado acordos com a Turquia e com a a Jordânia prevendo a construção de instalações para treinar e equipar combatentes oposicionistas na Síria. Os responsáveis do Departamento da Defesa disseram que cerca de 1.200 combatentes da oposição síria foram identificados como potenciais candidatos para o treinamento. O programa prevê o treinamento de mais de 5 mil rebeldes anualmente durante três anos.
Em junho, o Ministério da Defesa americano anunciou que a preparação dos combatentes da oposição síria está sendo lenta. Até agora, ninguém foi treinado, disse o porta-voz do Pentágono, coronel Steve Warren.