Aliança do exército sírio com Hezbollah é mais útil do que ajuda americana

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O exército sírio, com a participação de combatentes do movimento libanês Hezbollah, tomou a cidade de Zabadani, no sudoeste do país.

A região onde fica Zabadani é estrategicamente importante para a Síria e Líbano porque lá passa a estrada entre Beirute e Damasco. Anteriormente, esta zona era um popular resort mas agora é um dos redutos dos militantes na fronteira com o Líbano.

Segundo a fonte da agência, o ataque à cidade começou na manhã de sábado e foi acompanhado por um maciço bombardeio aéreo e de artilharia. Poucas horas depois, a cidade ficou sob o controle do exército.

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A Síria está em guerra civil desde março de 2011. As tropas do governo enfrentaram milícias pertencentes a vários grupos armados, incluindo o Estado Islâmico.  O Hezbollah tem tentando recuperar o controle de Zabadani desde 2012, quando ela foi tomada pela oposição armada.

Como relata a Euronews, antes do inicio da guerra civil na Síria em 2011 o fornecimento de armas para o Hezbollah era realizado através dessa cidade. Segundo a Reuters, Zabadani foi invadida por cerca de 2 mil militantes da Al-Qaeda e Frente al Nusra, que minaram as entradas na cidade.
A ofensiva do exército de Assad e dos xiitas de Hezbollah é uma chance para Damasco recuperar o poder sobre o oeste da Síria, onde os jihadistas do Estado islâmico se estabeleceram.

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Segundo ao ex-general do Exército libanês Amin Hteit, especialista em Assuntos Militares e Estratégicos, o sucesso em Zabadani terá consequências positivas. Uma delas é a mudança do sentimento do povo sírio, cuja terra não está mais à mercê dos terroristas. Na opinião de Hteit, esse fator também contribuirá para que as pessoas voltem para ajudar o exército.

A cooperação do exército com o Hezbollah se tornou uma aliança bem sucedida e mais útil do que qualquer outra ajuda estrangeira — vários países sugeriram contribuir para a luta com Estado Islâmico mas tendo em conta os seus próprios interesses.

Por exemplo, as autoridades dos Estados Unidos se juntaram à luta com EI, ignorando o governo oficial. A Casa Branca considera o presidente Bashar Assad ilegítimo e pede a sua renúncia mas, ao mesmo tempo, tem medo de que os militantes do EI tomem o poder no país.

Em fevereiro o Pentágono anunciou que tinha assinado acordos com a Turquia e com a a Jordânia prevendo a construção de instalações para treinar e equipar combatentes oposicionistas na Síria. Os responsáveis do Departamento da Defesa disseram que cerca de 1.200 combatentes da oposição síria foram identificados como potenciais candidatos para o treinamento. O programa prevê o treinamento de mais de 5 mil rebeldes anualmente durante três anos.

Em junho, o Ministério da Defesa americano anunciou que a preparação dos combatentes da oposição síria está sendo lenta. Até agora, ninguém foi treinado, disse o porta-voz do Pentágono, coronel Steve Warren.

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