O partido Syriza, do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, tem laços com a Rússia. A sigla se aproximou de Moscou enquanto as negociações com os credores pioravam, nos meses anteriores ao plebiscito de domingo.
O governo russo não se ofereceu publicamente para substituir os credores da Grécia, mas analistas advertem que a crescente possibilidade de a Grécia sair da zona do euro pode fomentar os laços geopolíticos do país com a Rússia, de uma maneira que pode se mostrar prejudicial para os aliados ocidentais.
Há algum tempo o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, diante das dificuldades econômicas que os gregos têm enfrentado, convidou a Grécia a se tornar o primeiro cliente do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS.
O jornalista brasileiro especializado em economia Mário Russo considera que a Grécia poderá ter que se aproximar de blocos como, por exemplo, os BRICS para viabilizar o seu futuro – dentro ou fora da União Europeia.