A solução de preparar combatentes no Iraque foi decidida pelo governo dos Estados Unidos nos primeiros meses críticos de luta com o Estado Islâmico. Um grupo de 7 mil pessoas foi treinada para substituir combatentes em caso de ofensiva contra Mossul, prevista para a primavera deste ano, mas que foi adiada.
Neste contexto, foi feita uma tentativa de enviar combatentes treinados para a Síria, porque esses batalhões foram constituídos com sírios. Mas essa decisão foi contestada pelas autoridades dos cantões sírios onde domina o Partido da União Democrática, que adverte contra o aparecimento no seu território de outras formações militares com subordinação indeterminada.
Isu Ocalan, vice-chefe do Estado-Maior do cantão de Kobane, disse à Sputnik que a única força militar que realmente existe no Curdistão sírio são as unidades de autodefesa YPG-YPJ.
Os dois principais objetivos do Curdistão são a independência total e a criação de um Estado curdo independente. E isso define a posição contraditória dos Estados Unidos. O surgimento do Curdistão independente enfraquece o Iraque, considerado aliado dos EUA, e cria dificuldades para a Turquia onde também há territórios habitados por curdos.
Ao mesmo tempo, a política de luta contra o Estado Islâmico cria a necessidade de apoiar o Curdistão, visto que, para mais, os EUA apoiaram durante muitos anos as aspirações separatistas dos curdos no Iraque.