Previsto inicialmente para mais de US$ 20 bilhões para 2001 e 2002, o orçamento da guerra caiu para US$ 14 bilhões com o deslocamento de valores para a guerra do Iraque. Os gastos com a guerra afegã pegaram carona nos custos do conflito iraquiano até explodirem para mais de US$ 100 bilhões em 2010, quando os gastos da guerra do Iraque começaram a declinar. No Afeganistão, as cifras norte-americanas continuaram top, alcançando anualmente US$ 100 bilhões até 2013, quando começou diminuir, chegando finalmente ao orçamento atual de US$ 35 bilhões.
O National Priorities Project, entretanto, crê que o valor de US$ 700 bilhões para a guerra do Afeganistão é mentiroso. Entre os pontos que faltam ser incluídos na contabilidade do conflito, estaria, segundo a NPP, os futuros gastos médicos para os soldados e veteranos feridos e o pagamento dos juros sobre a dívida nacional referente aos custos da guerra.
A entidade sem fins lucrativos usa dados do Serviço de Pesquisa do Congresso, bem como documentos de avaliação e do orçamento das agências federais para a compilação das suas informações.
Desde que assumiu o cargo em setembro, o presidente afegão, Mohammed Ashraf Ghani, tomou como prioridade um acordo de paz com o Talibã. As negociações recentes entre as autoridades afegãs e os representantes do grupo, com duração de um dia, terminou com ambos os lados concordando em se reunir novamente após o mês sagrado islâmico do Ramadã. Observadores da política externa norte-americanos dizem que o próximo passo será envolver os EUA nas negociações.
“O governo do presidente Ghani tem tentado dispor de um tempo para se envolver nessas negociações, embora seja politicamente controversa. Esta tem sido a sua posição por algum tempo e esta tem sido a posição dos EUA. “A administração Obama reconheceu há algum tempo que a única forma da guerra no Afeganistão terminar é com algum tipo de negociação. A questão é: a que custo”, afirmou o diretor do New Internationalism Project at the Institute for Policy Studies, Phyllis Bennis, à Russia Today.