A Sputnik Dari contatou Hafez Rasekh, membro do Partido de Solidariedade do Afeganistão, para conhecer o que os afegãos acham da eficiência do combate ao terrorismo na versão dos EUA:
"Os americanos não cumpriram nenhuma das promessas. E não é claro por que? Quem os perturbou? Especialmente no início, quando a credibilidade às forças internacionais foi ainda alta no país. Quando tudo começava, eles podiam implementar todas as suas ideias para combater terrorismo (se realmente o queriam!). De quais resultados vocês querem falar quando a situação no país está piorando cada dia. De acordo com relatórios de organizações internacionais bilhões de dólares estão investidos para o Afeganistão. Vamos admitir que este dinheiro virá, mas ninguém sabe em cujos bolsos pára. O que foi construído por esses bilhões? O país sofre de desemprego crescente já que o numero de não apenas pobres, mas pessoas em condições de extrema pobreza é assustável. A grave crise no setor da agricultura, bem como na indústria. Resultados excelentes! De que estamos falando? Se teríamos pelo menos a segurança! Mas nada! Mas que sentido têm as tropas norte-americanas no território do Afeganistão se eles não podem garantir nem segurança nem combater o terrorismo?"
Vale lembrar que no mês passado o inspetor-geral especial dos EUA para a reconstrução do Afeganistão (SIGAR) John Sopko criticou as atividades de seu país no Afeganistão, expressando preocupação especial sobre os gastos irracionais.
Uma economista da Universidade de Harvard, Linda Bilmes calculou em 2013 que as guerras do Afeganistão e do Iraque se tornaram "as mais caras da história dos EUA", com os custos médicos e cuidados adicionais iminentes antes até mesmo das guerras acabarem.
Há um relatório do Pentágono, divulgado em meados de junho, que salienta que a situação de segurança no Afeganistão não permite que as forças locais acabarem com os desafios atuais. Militares dos EUA admitem que a solução de problemas atuais no Afeganistão precisam de muitos anos de apoio externo.