UE recorre à China para responder a pressão dos EUA

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O acordo de investimentos entre China e a União Europeia servirá de contrapeso à pressão que os Estados Unidos exercem nas negociações sobre o Tratado de Livre Comércio Transatlântico (TTIP, na sigla em inglês), revelou à Sputnik a diretora do Centro de Investigações do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, Natalia Stapran.

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A décima rodada de negociações está sendo realizada em Bruxelas, e a expectativa é de encerrar os debates até o fim de 2015. A especialista avalia que os Estados Unidos insistem no tratado apesar das várias contradições que existem sobre suas condições. Por isso, o início das negociações paralelas com a China pode ser considerado um passo político.

Stapran afirma que o país asiático está interessado em entrar no mercado europeu e assinar um acordo comercial com a União Europeia. Caso contrário, a "China pode ficar isolada."

"É muito provável que se trate de um jogo político. A Europa joga com os interesses da China para responder à pressão dos Estados Unidos."

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A especialista assegura que o principal parceiro da Europa continuam sendo os EUA, segundo o volume total de investimentos. Além disso, os dois territórios seguem as mesmas regras do jogo, enquanto a China conta com uma estrutura econômica diferente.

"Para a China, a participação em negociações assim representa um grande desafio", ressalta Stapran, adicionando que Rússia e União Eurasiática, integrada também por Bielorrússia, Cazaquistão e Quirguistão, têm mais elementos em comum. Por isso, a fusão entre a Rota da Seda e a União Europeia "é um campo de treino para que a China passe a adotar as regras do jogo europeias."

Segundo a especialista, as negociações entre EUA e UE sobre o TTIP não terão um resultado relevante, pois a União Europeia não conta com uma postura única e atravessa uma crise.

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