Opinião: EUA fizeram acordo com Irã para se concentrar na Rússia e China

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O acordo firmado na terça (14) com o Irã sobre o programa nuclear dará aos EUA a oportunidade de se concentrarem na contenção da Rússia e a China e recuperarem a posição dominante de Washington na arena global, segundo economista e periodista Paul Craig Roberts.

Chamando a atenção para a declaração da assessora do secretário de Estado dos EUA para Assuntos da Europa, Victoria Nuland, sobre a intenção do país de aumentar a pressão sobre a Rússia no caso de uma escalada do conflito no Donbass, Roberts conclui que o presidente norte-americano, Barack Obama, não está interessado em reduzir as tensões criadas por Washington na relação com Moscou.

"Os Estados Unidos e seus aliados continuam a matar pessoas em muitas partes da terra. É óbvio que Obama não é um homem de paz", escreve o colunista.

Segundo o especialista, a Rússia e a China limitam as ações dos Estados Unidos. Após o colapso da União Soviética, os EUA estão acostumados a poderem ditar livremente a sua vontade ao mundo.

Ajudante do secretário de Estado dos EUA para Assuntos da Europa, Victoria Nuland - Sputnik Brasil
EUA ameaçam intensificar pressão sobre a Rússia
No entanto, a ascensão da Rússia chefiada por Vladimir Putin, bem como o crescimento do poder da China, destruiu a posição privilegiada dos Estados Unidos. E agora os EUA querem recuperar a sua influência, diz Roberts.

No entanto, os norte-americanos não estão nas melhores condições quanto à economia e esfera militar.

"Apesar da enorme arrogância, Washington percebeu que os Estados Unidos não podem desafiar simultaneamente a Rússia, a China, o Irã e o grupo radical Estado islâmico (EI). Isto foi uma das razões para o acordo com o Irã", considera o analista.

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Ele faz notar que o acordo com o Irã permite a Teerã agir contra os militantes do EI. Além disso, o acordo com o Irã diminuirá a dependência energética europeia da Rússia, que é desfavorável para os EUA.

Washington quer acabar com essa dependência e espera que o Irã se torne num fornecedor de gás natural e petróleo para a Europa, escreve Paul Craig Roberts.

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