No documento se diz que o Irã não pode criar armas nucleares, mas pode usar a energia atômica para objetivos civis. Todos os membros permanentes (Reino Unido, China, Rússia, EUA e França) e dez membros não-permanentes do Conselho de Segurança votaram a favor da resolução.
A resolução também inclui o esquema da renovação das sanções se o Irã violar os compromissos. Em caso de violação, Teerã só pode escapar às sanções se o Conselho de Segurança da ONU adotar a resolução correspondente. Se pelo menos um dos membros permanentes se pronunciar contra, as sanções serão renovadas no prazo de 30 dias.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, afirmou que adotando a resolução os países não só “viraram uma página, nas um capítulo nos trabalhos do Conselho, formando uma nova realidade”.
Vitaly Churkin disse que a Rússia espera que todos os países ajudem a realização dos acordos sobre o programa nuclear iraniano.
Os especialistas estão de acordo que o papel da Rússia nas negociações foi crucial. Sergei Seregichev, especialista em Oriente Médio na Universidade Humanitária Estatal Russa, disse:
“Quem fez o Irã concordar com os Estados Unidos? Foi a Rússia. Sem a Rússia, não teria havido nenhum acordo."
No entanto, no domingo (19) durante sua visita ao Oriente Médio, Ashton Carter, secretário da Defesa norte-americano, afirmou que o acordo com o Irã não significa que os EUA abdiquem dos métodos militares para com o Irã se aquele criar uma bomba atômica.
“Uma das razões porque este acordo é bom é que ele não proíbe a variante militar”, disse Ashton Carter aos jornalistas a bordo do avião a caminho de Israel.
O sexteto e o Irã tentaram a chegar a um acordo abrangente desde novembro de 2013, quando foi firmado um acordo provisório.
De acordo com o texto final do acordo nuclear, o Irã não pode criar ou adquirir armas nucleares e, em troca, o regime das sanções será aliviado. O texto sublinha que o acordo final contribuirá de forma positiva para a segurança regional no Oriente Médio.