A identidade do autor da explosão que matou pelo menos 31 pessoas e feriu outras 100 na cidade turca de Suruc já foi estabelecida, assegurou na manhã desta terça-feira o primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu.
Segundo informações vindas do local, o centro cultural era o local de encontro de jovens ativistas que participavam de um projeto de restauração da cidade de Kobane, na Síria, destruída pelo Estado Islâmico.
Sanliurfa partilha fronteira com a Síria, de onde, segundo a versão principal da investigação, veio a menina de 18 anos, que supostamente foi a autora do atentado. O seu corpo mutilado foi achado no local.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que está de visita no Chipre, já reagiu à tragédia dizendo: “O terrorismo não tem religião, não tem país, não tem raça”.
Nesta terça, o governo turco recebeu condolências oficiais da chanceler alemã, Angela Merkel, que disse, em carta oficial a Davutoglu:
Já o representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, condenou firmemente o ataque e exprimiu as suas “condolências às famílias dos mortos e sinistrados, assim como também ao governo da Turquia”.
No entanto, o Partido da Democratização dos Povos acusa o próprio governo da Turquia de favorecer a atividade do Estado Islâmico no país, disse o vice-chefe do partido, Nazmi Gur. Ele acusou o governo de inação e de falta de prevenção de atentados, como o de ontem, o de Diyarbakir, em junho, e o de Reyhanli, em maio de 2013.