O primeiro-ministro sírio afirmou que as ações da coalizão internacional para derrotar o Estado Islâmico (EI) são ilegítimas e contraproducentes.
O primeiro-ministro também fez lembrar que a coalizão não tem o aval do Conselho de Segurança da ONU e não se enquadra no direito internacional.
“Washington está interessado no desenvolvimento da luta contra o terrorismo somente para realizar os seus objetivos, entre os quais estão a divisão da região, da sociedade local, a repressão das forças que lhes estão em oposição”.
Ao mesmo tempo, Wael Nader al-Halqi acrescentou que Damasco não exclui a cooperação com qualquer país que esteja realmente pronto para lutar contra os terroristas e não apenas imitar tal luta, como fazem os EUA.
Entretanto, o primeiro-ministro avaliou altamente a política de princípios de Vladimir Putin e sublinhou que se trata nem só da Síria, mas de todos os povos do mundo, porque a política se baseia nos princípios do direito internacional.
“Confiamos no presidente Putin e na administração russa. Se não fosse a ajuda russa em todas as esferas, tanto econômica como política, a Síria não teria conseguido se opor ao terrorismo”.
O premiê sírio lembrou que a Rússia forneceu à Síria produtos alimentícios e derivados do petróleo, necessários para transportes ferroviários, hospitais e projetos energéticos:
“A Rússia ocupa o primeiro lugar entre os países que prestaram apoio à Síria”.
A coalizão internacional liderada pelos EUA vem lançando ataques aéreos contra as posições do EI no Iraque desde agosto de 2014, tendo expandido a operação para a Síria em setembro do mesmo ano, sem, contudo, coordenar suas ações com o governo em Damasco. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR, na sigla em inglês), os ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico (EI) na Síria já mataram quase 3.000 pessoas, incluindo civis, desde o lançamento de suas operações.