“Cuba insiste na devolução, mas as autoridades e os militares norte-americanos não querem (…) temendo que Cuba entregue a base à sua aliada Rússia”, disse Suchliki em entrevista à agência Sputnik.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, ao inaugurar a missão diplomática de seu país na capital dos EUA exigiu o retorno "do território ocupado ilegalmente de Guantánamo", pedindo o respeito à soberania de Cuba.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse em resposta que as autoridades norte-americanas atualmente não pretendem rever o acordo sobre a base naval dos EUA em Guantánamo.
“A base de Guantánamo não nos faz falta, é um lugar maldito, de má reputação, Havana deve insistir em seu encerramento (…), mas acredito que os americanos não a fecharão em um futuro próximo", afirmou o especialista.
Os EUA arrendam a base de Guantánamo desde 1903 e anualmente enviam o cheque de US$ 3,4 mil como pagamento da renda, mas o governo de Cuba não aceita o dinheiro, e exige a saída dos militares norte-americanos da ilha. Os cubanos tentavam rever o acordo de arrendamento devido à abertura da prisão homônima na ilha, argumentando que isto viola o contrato. Até o momento a ilha de fato pertence aos EUA e a prisão não foi fechada.
Outro fator que gera controvérsia acerca da política norte-americana na base de Guantánamo é que a prisão abriga presos acusados de terrorismo, muitos deles sem acusações formais.