Na segunda-feira (20) o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, recebeu o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, em seu gabinete na sede do Departamento de Estado, em Washington.
O chanceler cubano declarou mais uma vez que Cuba espera que os EUA devolvam o território de Guantánamo.
“Os eventos históricos que hoje vivemos só terão sentido com o levantamento do bloqueio econômico, comercial e financeiro, que causa muitas perdas e danos ao nosso povo, bem como esperamos o retorno do território ocupado de Guantánamo e o respeito pela soberania de Cuba.”
Mas, após a reunião com o chanceler cubano na segunda-feira (20), John Kerry mais uma vez repetiu a posição do lado norte-americano e declarou que os EUA não planejam mudar a sua decisão e restituir Guantánamo a Cuba.
Enquanto parte das exigências cubanas foi cumprida, o país latino-americano foi retirado da lista dos países-patrocinadores do terrorismo (ironicamente, sem compreender plenamente porque havia sido incluído nela), um vasto leque de questões continua sem resposta.
O jornalista e analista político Roberto Montoya comentou a situação à Sputnik Nóvosti:
“Nós sabemos que [Guantánamo] é um lugar onde está situado um dos centros de internação de prisioneiros ao estilo da Alemanha nazista, e essa base segue existindo. São realidades muito terríveis que têm um grande impacto midiático, mas é preciso ver outros fatos importantes.”
Cabe mencionar que a prisão abriga presos acusados de terrorismo, muitos deles sem acusações formais, e este fato provoca muita controvérsia.