Putin responde a sanções com destruição de alimentos importados

© Sputnik / Aleksey Druzhinin / Acessar o banco de imagensPresidente da Rússia Vladimir Putin
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta quarta-feira (29) um decreto autorizando a destruição, a partir de 6 de agosto, das importações de produtos alimentares embargados no país, segundo informou o serviço de imprensa do Kremlin.

"Produtos agrícolas, matérias-primas e produtos alimentícios originados nos países que impuseram sanções econômicas contra entidades legais e/ou indivíduos russos ou naqueles que aderiram a tais sanções, e, portanto, proibidos de entrar no território da Federação Russa, serão destruídos [na fronteira] a partir de 6 de agosto de 2015 ", afirma o comunicado.

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Segundo o documento, os produtos alimentares para consumo pessoal ou em trânsito para países terceiros não estarão sujeitos à ordem de destruição.

Desde o início da crise ucraniana, as relações entre Moscou e o Ocidente têm sido abaladas por constantes acusações e desentendimentos, refletidos nos diferentes pacotes de sanções impostos pelos EUA e pela União Europeia contra a Rússia, bem como nas medidas adotadas pelo Kremlin em resposta a essas provocações, entre elas o embargo à importação de certos alimentos provenientes desses países.

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No final de junho, pouco depois de os EUA e a União Europeia terem anunciado que iriam estender as sanções econômicas contra a Rússia, ainda alegando como pretexto um suposto envolvimento de Moscou na crise ucraniana, o governo russo decidiu prolongar por um ano o embargo à importação de alimentos da Europa. 

Segundo o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev, a medida foi puramente pragmática, sem intenção de “infligir dor aos europeus”.

“Como vocês provavelmente sabem, nós somos atualmente proativos em promover a substituição de importações na indústria alimentícia e no desenvolvimento da produção doméstica de alimentos. A Rússia é um país enorme, tem um imenso setor agrícola. Então, nós podemos atender às nossas necessidades em termos de alimentos. A agricultura opera em ciclos de um ano, o que permite aos produtores fazer planos para um período mais longo. Essa é a única razão por trás dessa decisão”, disse o premiê na última sexta-feira (24), em entrevista a um canal de TV da Eslovênia.

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