Números recentes da Alemanha mostram que as exportações alemãs para a Rússia diminuíram, entre janeiro e maio, 34% em relação ao ano anterior. No ranking dos vendedores mais importantes da Rússia, os produtores germânicos caíram do 11º para 13º lugar.
Os suíços também têm sido atingidos pelo impacto das sanções, mas de uma forma menos dura do que a Alemanha. A Rússia não é um importante parceiro comercial da Suíça: apenas 1,6% dos produtos do país são exportados para o mercado russo.
As sanções ocidentais explicam o declínio nas exportações apenas de forma parcial. A queda do rublo e a diminuição dos preços do petróleo também tiveram uma influência negativa sobre as relações comerciais entre os dois países.
Peter Spuhler é, provavelmente, o maior perdedor entre os empresários da Suíça neste cenário. Ele pode ver escoar por seus dedos um contrato de € 380 milhões com Moscou. Os trens de sua empresa, que seriam fornecidos à Russian Transport Group Aeroexpress, de repente se tornaram 30% mais caros. As negociações entre as partes já estão em andamento há meses, mas ainda não foi alcançado um acordo.
Segundo o Instituto Austríaco de Pesquisas Econômicas (Wifo), a recessão da economia e o efeito das sanções estão intimamente ligados entre si. Os pesquisadores supõem que, no cenário de pior quadro, mais de dois milhões de habitantes da União Europeia poderiam perder seus empregos.