Porém, ontem também se tornou pública a nova iniciativa dos EUA na Síria: desde este momento qualquer ameaça contra a assim chamada oposição moderada treinada pelos EUA pode ser um pretexto para a intervenção militar dos estadunidenses, mesmo contra as forças governamentais do presidente Bashar Assad. Nesta situação tensa, o plano proposto por Moscou pode ser a única alternativa real ao envolvimento direto dos EUA na guerra civil síria, diz à Sputnik o redator-chefe do jornal Iran Press Emad Abshenass:
“O único meio de eliminação do terrorismo na Síria e no Iraque é seguir as condições indicadas no plano russo… Mesmo se o ‘Plano de Putin’ não for aprovado no futuro próximo pela comunidade internacional como orientação para ação, eles irão cedo ou tarde entender a sua lógica e necessidade. Mas, neste momento, a demora é mortal. Nós vimos que o Ocidente insistia na resolução militar do conflito desde quase o primeiro dia da crise síria. Agora podemos ver que este cenário não trouxe resultados. Moscou e Teerã por sua vez desde o início insistiam em dar prioridade aos meios diplomáticos e seguem defendendo a sua posição. Se a iniciativa russa não for para a frente, a crise no Oriente Médio arrisca a se estender por muitos anos”.
“O plano de resolução da crise síria articulado pelo senhor Lavrov deve receber apoio nos países que planejam acabar com o Estado Islâmico e outros grupos terroristas no Oriente Médio de uma vez por todas. Um deles é o Irã, que estabeleceu a luta antiterrorista como uma tarefa estatal estratégica e foi um dos primeiros a entrar na luta contra o EI. Desde este momento Teerã tem condenado a criação de quaisquer unidades de luta contra o EI sem o Irã. Agora a República Islâmica [do Irã] obtém uma possibilidade de participar de uma coalizão real anti-EI e não efêmera”.
Enquanto isso, a edição Global Post citou um novo relatório onde se diz que os bombardeios da coalizão ocidental contra o Estado Islâmico liderada pelos EUA já mataram cerca de 450 civis durante cerca de um ano.