Iniciativa de Putin visa criar ampla coalizão contra Estado Islâmico

© AP Photo / Raqqa Media Center of the Islamic State groupSoldados do Estado Islâmico em parada na cidade de Raqqa, Syria
Soldados do Estado Islâmico em parada na cidade de Raqqa, Syria - Sputnik Brasil
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Ontem (3) o chanceler russo Sergei Lavrov, o secretário de Estado americano John Kerry e os seus colegas do golfo Pérsico discutiram no Qatar os meios de intensificação da luta contra os terroristas do grupo radical Estado Islâmico.

This Nov. 20, 2014 photo shows an area controlled by the Islamic State group, past the Qada Azadi roundabout, foreground, in Kobani, Syria. - Sputnik Brasil
Kremlin: Rússia não enviará soldados para combater o Estado Islâmico na Síria
Durante as negociações, Sergei Lavrov apresentou pela primeira vez os detalhes do plano do presidente russo Vladimir Putin de neutralização dos islamistas: consiste na criação de uma ampla coalizão com a participação dos exércitos sírio e iraquiano, curdos e países da região. 

Porém, ontem também se tornou pública a nova iniciativa dos EUA na Síria: desde este momento qualquer ameaça contra a assim chamada oposição moderada treinada pelos EUA pode ser um pretexto para a intervenção militar dos estadunidenses, mesmo contra as forças governamentais do presidente Bashar Assad. Nesta situação tensa, o plano proposto por Moscou pode ser a única alternativa real ao envolvimento direto dos EUA na guerra civil síria, diz à Sputnik o redator-chefe do jornal Iran Press Emad Abshenass:

“O único meio de eliminação do terrorismo na Síria e no Iraque é seguir as condições indicadas no plano russo… Mesmo se o ‘Plano de Putin’ não for aprovado no futuro próximo pela comunidade internacional como orientação para ação, eles irão cedo ou tarde entender a sua lógica e necessidade. Mas, neste momento, a demora é mortal. Nós vimos que o Ocidente insistia na resolução militar do conflito desde quase o primeiro dia da crise síria. Agora podemos ver que este cenário não trouxe resultados. Moscou e Teerã por sua vez desde o início insistiam em dar prioridade aos meios diplomáticos e seguem defendendo a sua posição. Se a iniciativa russa não for para a frente, a crise no Oriente Médio arrisca a se estender por muitos anos”. 

Operação especial na Ingushetia. Foto de arquivo - Sputnik Brasil
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O Irã manifesta cada vez mais durante os últimos meses a sua prontidão de organizar uma coalizão de pleno valor para combater o Estado Islâmico. A iniciativa de Vladimir Putin será seguramente muito bem recebido pelas autoridades iranianas, disse numa entrevista para a Sputnik um cientista político e especialista do Centro de Estudos de Irã e Eurásia (IRAS, na sigla em inglês) Shuaib Bahman:

“O plano de resolução da crise síria articulado pelo senhor Lavrov deve receber apoio nos países que planejam acabar com o Estado Islâmico e outros grupos terroristas no Oriente Médio de uma vez por todas. Um deles é o Irã, que estabeleceu a luta antiterrorista como uma tarefa estatal estratégica e foi um dos primeiros a entrar na luta contra o EI. Desde este momento Teerã tem condenado a criação de quaisquer unidades de luta contra o EI sem o Irã. Agora a República Islâmica [do Irã] obtém uma possibilidade de participar de uma coalizão real anti-EI e não efêmera”. 

Enquanto isso, a edição Global Post citou um novo relatório onde se diz que os bombardeios da coalizão ocidental contra o Estado Islâmico liderada pelos EUA já mataram cerca de 450 civis durante cerca de um ano.

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