O presidente russo, Vladimir Putin está a planear uma visita a Pequim em setembro de 2015, para discutir a cooperação mais próxima entre a China e a Rússia. A colaboração entre os dois países no setor da energia começou em 2013. Em 2014, a Rússia mudou radicalmente a sua linha política em relação aos países asiáticos.
Sobre este tema, o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) afirma:
“Nem todas as expetativas a respeito da amizade russo-chinesa foram cumpridas. As instituições financeiras chinesas não têm expandido as suas atividades no país vizinho nos volumes que políticos russos esperavam”.
Além disso, de acordo com o jornal alemão, não há resultados concretos quanto ao gasoduto para a parte ocidental da China através das montanhas de Altai.
A China decidiu desenvolver instituições financeiras como alternativa ao Fundo Monetário Internacional, liderado pelos Estados Unidos, onde o país asiático poderá desempenhar um papel dominante.
O AIIB pode se tornar uma arena importante para a cooperação China-Rússia, com resultados positivos para ambos os países. No entanto, a edição considera que Moscou não deve esperar que a China esteja disposta a seguir o seu exemplo e rompa todas as relações com o Ocidente.
“Apesar de todas as diferenças entre a China e os países ocidentais, no final o pragmatismo vai ganhar”, escreve o jornal alemão.
Entretanto, os políticos chineses e russos estão aguardando a visita do presidente Putin. O chanceler russo Sergei Lavrov disse que as relações russo-chinesas atendem aos interesses da paz e da estabilidade. Yang Jiechi, membro do Comitê central do Partido Comunista da China, anunciou que a China espera com ansiedade a visita de Vladimir Putin e o felicitou pelos eventos bem-sucedidos, tais como o aniversário do Dia de Vitória, as cúpulas do BRICS e Organização de Cooperação de Xangai.