A Tesouraria estadunidense anunciou inclusive que iria continuar pressionando a China para que o país se oriente pela demanda, e não pelos interesses das exportações.
Por sua parte, o senador Democrata Sander Levin ficou irritado pela desvalorização do iuan, que, segundo ele, é feita para que as exportações obtenham privilégios “desonestos”.
Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) vê com bons olhos a decisão do Banco Popular da China. Uma fonte do FMI disse à Sputnik que a vantagem será para as forças do mercado, que terão um papel mais importante na definição do câmbio.
Em uma entrevista exclusiva concedida à Sputnik, o vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS (NBD), o brasileiro Paulo Nogueira Batista Júnior, considera que a desvalorização intencional tem como objetivo fomentar a economia nacional:
“A China, embora continue crescendo a taxas muito altas, sofreu também um pouco com a desaceleração do crescimento do PIB. E esta depreciação – embora não seja uma depreciação “mega” ou “maxi” pode reverter este comportamento [tendência de desaceleração do crescimento]”.
“Os passos dados pelas autoridades monetárias da China devem ser vistas inclusive neste contexto – suavizar, tanto quanto for possível, não só para si mesmos mas para todos os mercados dos países emergentes e desenvolvidos, as consequências do aumento da taxa da Reserva Federal”.
O iuan não é a única ameaça que o dólar teme. Ontem, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, comentando a situação em torno do acordo nuclear e do levantamento das sanções do Irã, frisou que a vontade do Congresso de anular o acordo alcançado implicaria uma queda brusca do dólar, podendo até deixar de ser uma moeda de reserva internacional.