Aleksandr Okhrimenko, economista ucraniano citado pelo site noticioso Vesti, manifestou o seu descontentamento com o projeto:
“Dois graus é muito. Os apartamentos serão muito frios e o governo poderá poupar muito e tudo será legal. As pessoas irão pagar pelo frio em conformidade com novas tarifas mais caras”.
O especialista também acrescentou que o sistema de aquecimento do país não foi desenhado por tais reduções artificiais de temperatura o que pode resultar em aumento de número de avarias na rede de aquecimento do país este inverno.
O premiê ucraniano Arseny Yatsenyuk anteriormente admitiu que o setor energético ucraniano está passando por uma crise e que o Ministério da Energia e as companhias estatais não estão adequadamente preparadas para proporcionar à população o aquecimento este inverno. A crise energética ucraniana foi agravada pela perda por parte de Kiev da maioria das suas minas de carvão lucrativas na região de Donbass. As minas que permanecem sob controle ucraniano produzem carvão que não pode ser usado por centrais elétricas.
Mais cedo em agosto foi transmitido que as autoridades ucranianas estavam dispostas a considerar as compras de carvão russo ou o da República Popular de Lugansk. O chefe da estatal elétrica ucraniana Ukrenergo sublinhou no fim de julho que a entidade pode ser obrigada a começar apagões temporários até duas horas e meia se o país não conseguir manter reservas adequadas de carvão.
O antigo comissário de Empreendimento e Indústria da União Europeia disse à mídia alemã na semana passada que esta época de inverno na Ucrânia pode ser caraterizado por faltas de aquecimento o que por sua vez pode resultar em grave crise política e social.