Especialistas militares já teriam inclusive visitado algumas instalações prisionais para saberem as condições das construções e a viabilidade de abrigar os detentos que estão em Cuba. O grupo esteve em presídios em Fort Leavenworth, Kansas e Charleston.
A retirada dos presos de Guantánamo foi uma exigem de Cuba no processo de reaproximação diplomática com os EUA. Na sexta-feira (14), o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, esteve em Havana para o hasteamento da bandeira do país na Embaixada e para se reunir com autoridades cubanas.
O Campo de Detenção da Baía de Guantánamo fica na base naval dos EUA na ilha. As prisões militares foram abertas em 2002 para abrigar presos acusados pelas autoridades norte-americanas como terroristas. Um ano depois, 773 detentos haviam passado pelo presídio, 680 ficaram. Atualmente, porém abriga somente 116.
A redução significativa do número de presos e a pressão internacional pelo fechamento de Guantánamo começaram após denúncias da mídia norte-americana, em 2004, de torturas constantes aos presos no local. Dois anos depois, a ONU divulgou um relatório sobre os diversos casos de maus-tratos e pediu o fechamento do presídio.