Kissinger: EUA não aprendem com os próprios erros

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Os EUA não deveriam participar de conflitos internacionais sem antes serem capazes de avaliar as suas consequências, e, nesse sentido, Washington não aprende com os próprios erros, declarou o ex-chefe do Departamento de Estado dos EUA Henry Kissinger em entrevista à revista The National Interest.

Respondendo à pergunta sobre a política agressiva dos "falcões" de Washington, ávidos por "quebrar" o governo russo, Kissinger disse que tal postura será sustentada pelas autoridades norte-americanas enquanto as mesmas não aprenderem a avaliar as suas consequências.

"O problema de todas as guerras dos EUA, incluindo a Segunda Guerra Mundial, consiste numa inaptidão em relacionar a estratégia com as capacidades internas do país" – explicou o ex-secretário de Estado.

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Falando sobre a situação na Ucrânia, Kissinger destacou que, na sua opinião, a crise ucraniana está se transformando numa tragédia.

"Quando você lê que tropas muçulmanas estão lutando do lado da Ucrânia, você entende que senso de proporção foi perdido" – disse.

Na sua opinião, não se pode aplicar a "simples fórmula" que funciona na Europa Ocidental àquilo que acontece na Ucrânia.

"O Ocidente hesita em assumir a recuperação econômica da Grécia, e certamente, não assumirá a Ucrânia como um projeto unilateral. Então, deve-se, ao menos, avaliar a possibilidade de alguma forma de cooperação entre o Ocidente e a Rússia no contexto de uma Ucrânia livre de qualquer alinhamento militar" – declarou Kissinger.

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"Se estamos seriamente tratando a Rússia como uma grande potência, nós devemos determinar antes de tudo se os seus interesses podem ser conciliados com as nossas necessidades. Devemos explorar as possibilidades de um estatuto de agrupamento não-militar no território entre a Rússia e as fronteiras existentes da OTAN" – completou.

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