Desde cedo, a república promove uma série de concertos e eventos comemorativos, que tradicionalmente irão terminar com uma grande queima de fogos de artifício. Já na véspera do dia, as autoridades locais reforçaram todas medidas de segurança para celebrar a data, colocando um maior contingente de policiais para patrulhar as ruas desde a tarde de terça-feira, 25.
Diferentes tanto pelas raízes históricas, como pela mentalidade nacional, os povos georgiano e abecásio nunca se caracterizaram por uma simpatia recíproca.
Embora na União Soviética a Abecásia tivesse estatuto de república autônoma na composição da Geórgia, as autoridades de Tbilisi oprimiam durante longos anos a população local. Foi incentivada a migração de georgianos para terras abecásias e reduzidas aulas da língua abecásia em escolas. Nos anos 1960 e 1970, ocorreram numerosas manifestações de abecásios exigindo a saída da Abkházia da composição da República Soviética Socialista da Geórgia.
O exército georgiano tinha pouca capacidade combativa e, em setembro de 1993, os abecásios assumiram pleno controle sobre a cidade de Sukhumi, sua capital. As tropas georgianas abandonaram o território da república autônoma e em 14 de maio de 1994, em Moscou, foi assinado o acordo de cessar-fogo e de delimitação das partes beligerantes. Forças de paz da CEI foram introduzidas na zona do conflito.
Autoridades da Rússia já declararam diversas vezes que o reconhecimento de independência das duas ex-repúblicas autônomas da Geórgia reflete uma realidade irrevogável e não está sujeito a revisões.