Isto deu frutos instantaneamente. Passados quatro meses depois de al-Sisi ter ocupado o cargo presidencial, ele firmou com a Rússia um acordo preliminar sobre fornecimento de armas, no valor de cerca de 3,5 milhões de dólares. Segundo o especialista, tal passo foi um ato de insubmissão estratégica aos EUA.
Agora, quando a comunidade mundial admitiu a legitimidade da vitória de Abdel Fattah al-Sisi nas eleições, os EUA querem estabelecer boas relações com o chefe do Estado. No entanto, al-Sisi se lembra de que Putin o apoiou no momento em que ele especialmente precisava.
“É evidente que o Egito se torna rapidamente o parceiro número um da Rússia na região do Oriente Médio. Tal decisão estratégica é vantajosa para a Rússia, porque o Egito é o país árabe com a maior população e sempre teve o principal papel na geopolítica da região”, considera Bhadrakumar.
Moscou e o Cairo têm uma rica experiência de cooperação. Durante o período soviético, nas guerras israelo-árabes, os egípcios serviram ao lado de oficiais soviéticos e lutaram com armas soviéticas.
No total, no Egito foram realizados 111 projetos econômicos com a participação da União Soviética.