No entanto, de acordo com The Economist, o FMI anunciou algumas condições: a Ucrânia deve baixar a dívida externa em 15,3 bilhões de dólares até 2018 e reduzir a proporção da dívida pública ao PIB para 71% para 2020.
Tendo em conta a reestruturação, a Ucrânia, provavelmente, conseguirá cumprir a primeira condição, mas não terá êxito na segunda por causa dos ritmos de queda do PIB, diz a edição.
Além disso, o The Economist sublinha que, no curto prazo, o acordo não melhorará a situação dos ucranianos comuns, que estão hoje “mais pobres do que no final da época soviética”. A moeda ucraniana é muito frágil: a inflação atinge 60%.
As previsões de longo prazo não são melhores: mesmo se a guerra na Ucrânia acabar amanhã, o país precisará de dezenas de milhões de dólares para recuperar a situação.
Assim, a reestruturação da dívida externa ajudará a Ucrânia evitar a moratória de US$ 500 milhões em eurobonds, que Kiev deverá pagar à UE em setembro.
A dívida pública total da Ucrânia é de 70 bilhões de dólares, dos quais 40 bilhões constituem a dívida internacional.