“Aceitar mais refugiados é um gesto importante de verdadeira solidariedade”, disse Tusk, acrescentando que atualmente é necessária “uma distribuição equitativa de pelo menos 100 mil refugiados pelos Estados-Membros”.
“Apelo a todos os dirigentes da UE para demonstrarem solidariedade com os Estados-Membros que enfrentam uma onda migratória sem precedentes”, disse Tusk, após uma reunião conjunta com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban.
Anteriormente, o presidente do Conselho Europeu havia discursado para os embaixadores da União Europeia e alertou para o risco de uma divisão Leste-Oeste por causa do acolhimento aos refugiados.
Em julho, o Conselho Europeu recusou uma proposta da Comissão Europeia de estabelecer cotas obrigatórias para a reinstalação e recolocação de refugiados, tendo os chefes de Estado e de Governo dos 28 países chegado a um acordo para o acolhimento de 32 mil pessoas oriundas da Síria e da Eritreia, número inferior aos 40 mil propostos pelo executivo comunitário, em maio.
De acordo com a Agência Europeia de Fronteiras (Frontex), cerca de 340 mil imigrantes chegaram à União Europeia nos primeiros sete meses de 2015.
Alguns especialistas acreditam que a atual crise humanitária na Europa é a pior desde a Segunda Guerra Mundial.