ONU: União Europeia precisa distribuir pelo menos 200 mil refugiados

© REUTERS / Alexandros Avramidis Imigrantes na fronteira entre Grécia e Macedônia
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O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, Antônio Guterres, apelou à União Europeia realizar a distribuição de pelo menos 200 mil refugiados, defendendo que todos os estados-membros deviam ter a obrigação de participar neste programa.

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“É preciso um programa de reinstalação em massa, com a participação obrigatória de todos os estados-membros da União Europeia. Uma estimativa bastante preliminar parece indicar a necessidade de aumentar as oportunidades de reinstalação de até 200 mil lugares”, disse Antônio Guterres em comunicado.

Segundo ele, a Europa enfrenta o maior afluxo de refugiados em décadas, e "a situação requer um esforço conjunto enorme, impossível com a atual abordagem fragmentada da União Europeia”.

"Após a chegada às costas e fronteiras da Europa, elas continuam a sua viagem para o caos", acrescentou Guterres, denunciando o tratamento indigno que os imigrantes recebem.

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Ele explicou que se trata "principalmente de uma crise de refugiados, e não apenas um fenômeno de migração", porque a maioria das pessoas que chegam à Grécia é oriunda de países onde há conflitos como a Síria, o Iraque e Afeganistão.

O alto comissário acredita que a única maneira de resolver o problema é a implementação de uma "estratégia comum baseada na responsabilidade, solidariedade e confiança".

"Concretamente, isso significa tomar medidas urgentes e corajosas para estabilizar a situação e encontrar uma maneira de compartilhar verdadeiramente a responsabilidade, a médio e longo prazo", adiantou.

Em julho, o Conselho Europeu recusou uma proposta da Comissão Europeia de estabelecer cotas obrigatórias para a reinstalação e recolocação de refugiados, tendo os chefes de Estado e de Governo dos 28 países chegado a um acordo para o acolhimento de 32 mil pessoas oriundas da Síria e da Eritreia, número inferior aos 40 mil propostos pelo executivo comunitário, em maio.

De acordo com a Agência Europeia de Fronteiras (Frontex), cerca de 340 mil imigrantes chegaram à União Europeia nos primeiros sete meses de 2015.

Alguns especialistas acreditam que a atual crise humanitária na Europa é a pior desde a Segunda Guerra Mundial.

 

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