Segundo dados do ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, o Brasil é líder em acolhimento a refugiados sírios na América Latina. Refugiados são pessoas que deixaram seu país de origem por causa de violações de direitos humanos.
Diante da situação na Síria, o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, explica que o Brasil tem concedido um visto especial para receber essas pessoas:
Mais de 12.600 estrangeiros aguardam ainda decisão sobre o pedido de refúgio, que é analisado pelo Comitê Nacional para os Refugiados, do Ministério da Justiça. Para solicitar refúgio no Brasil, é preciso estar em território nacional e, então, procurar a Polícia Federal ou autoridade de fronteira. Enquanto o pedido é analisado, a pessoa pode permanecer provisoriamente no país, com direito a usar serviços públicos de saúde e educação, além de receber documento de identidade e carteira de trabalho.
O Secretário Beto Vasconcelos acredita que a tragédia retratada na imagem do menino Aylan Kurdi, de 3 anos, morto por afogamento num naufrágio em águas da Turquia, pode motivar importantes ações por parte das lideranças internacionais para minimizar o drama dos refugiados sírios:
“Os refugiados de nacionalidade síria, mas também de outras nacionalidades que vivem no mundo, é um drama que nos toca a todos. E aquela foto daquela criança que tentava alcançar uma situação melhor de vida, como todos nós, mas para além disso buscava uma possibilidade e uma oportunidade de se manter viva, pode ter conduzido muitas decisões importantes da comunidade internacional, para melhor atender o drama humano que vivem os sírios, e o Brasil tem feito a sua parte.”
Além da política de acolhimento de refugiados, o Governo brasileiro também vem implementando ações de cooperação para receber a população vinda do Haiti, após o terremoto que devastou aquele país caribenho em 2010, matando cerca de 230 mil pessoas e deixando 1,5 milhão de desabrigados.
Segundo o secretário nacional de Justiça, diferentemente dos refugiados, os haitianos são imigrantes que recebem uma autorização antes de migrarem para o Brasil:
De acordo com dados da Secretaria Nacional de Justiça, cerca de 70 mil imigrantes haitianos moram hoje no Brasil. A maioria entra no país pelo Acre e segue de ônibus para os Estados do Sul e do Sudeste. Uma das principais metas atuais do Governo brasileiro é tentar impedir a ação de organizações criminosas que submetem os haitianos a situações degradantes para chegar ao Brasil.