Mais de 10 mil alvos dos terroristas, inclusive edifícios, tanques, partes da infraestrutura petrolífera e posições de combate foram danificados ou destruídos nas ofensivas.
Os números
Não existem números oficiais de mortes entre os membros do EI durante o último ano.
Em junho o subsecretário de Estado norte-americano Tony Blinken declarou que mais de 10 mil militantes do Estado Islâmico foram mortos na campanha contra terrorismo liderada pelos EUA. Enquanto isso, a declaração foi criticada pelos especialistas e o número estimado foi chamado de demasiado otimista, quer dizer o número real é muito menor.
A precisão da operação foi posta em questão pelo projeto realizado por jornalistas independentes Airwars que declararam em agosto que tinham a evidência fiável que prova a morte de mais de 450 civis, inclusive 100 crianças em ataques aéreos norte-americanos.
A respectiva declaração foi provada pelo relatório do jornal britânico Guardian citando uma fonte de Comando Central dos EUA. A fonte divulgou que civis foram mortos em até 71 ataques.
Muitos duvidam da necessidade de gastar o montante destes de dinheiro para a campanha contra o EI, especialmente tendo em conta a situação econômica em muitos países da coalizão.
Efeito
Um outro assunto discutível é qual efeito a operação aérea de um ano com custo de mais de 4 bilhões de dólares teve sobre o Estado Islâmico e a questão se a coalizão liderada pelos EUA está a caminho de destruir o grupo terrorista.
Numa conferência de imprensa do Pentágono sobre a situação na Síria e no Iraque, oficiais norte-americanos afirmaram que os islamistas do EI foram repelidos de muitas partes do Norte do Iraque, onde a coalizão internacional tem trabalhado conjuntamente com as forças curdas.
RT @usnato: Six @usairforce F-16s deploy to Incirlik Air Base, #Turkey, to support fight against #ISIL pic.twitter.com/9mAutOiFSw
— U.S. Central Command (@CENTCOM) 10 августа 2015
Os EUA dizem que o EI “não pode funcionar livremente em 25-30% do território iraquiano”, mas avisou que por causa do caráter do combate no país “esta avaliação pode subir ou cair dependendo da situação no campo de batalha”.
Quanto à Síria, os oficiais do Pentágono admitiram que a área de influência do Estado Islâmico no país permanece “praticamente sem alterações”, tendo em conta os ganhos territoriais da coalizão internacional e dos aliados que são contrabalançados por perdas territoriais.
Hasan Abdullah, diretor da Intelligence&Research no Instituto SPEAR, com a sede em Islamabad, disse à Sputnik que considerando os ganhos territoriais do Estado Islâmico, aumentada frequência de ataques, recrutamento bem-sucedido das pessoas dos países ocidentais e ataques do grupo contra monumentos arqueológicos, “…É claro que o Ocidente não foi capaz concretizar os seus objetivos.”
Distorção de dados da inteligência nos EUA
Mais de 50 analistas de inteligência que trabalham no Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) apresentaram uma queixa formal dizendo que os seus relatos sobre o Estado islâmico e a Frente al-Nusra, que é a filial da al-Qaeda na Síria, tinham sido alterados de maneira imprópria pelos altos oficiais do serviço, escreve a edição The Daily Beast.
“O câncer foi dentro do nível superior do comando da inteligência”, disse um dos oficiais.
O Daily Beast sublinha que alguns analistas podem ter recordações ruins dos tempos do início da guerra no Iraque, em 2003, quando os relatórios da inteligência mal escritos que sugeriam que o Iraque tem armas de destruição maciça formaram a base para a intervenção militar da administração de George W. Bush.