Em vez disso, o presidente Barack Obama, seus principais assessores e funcionários — juntamente com o contingente diplomático considerável que ficará em Manhattan durante uma boa parte de setembro para a Assembleia Geral da ONU — vão se hospedar e trabalhar no New York Palace Hotel, segundo informaram a Casa Branca e o Departamento de Estado.
Autoridades disseram que a mudança é, em grande parte, devido a preocupações sobre a espionagem chinesa, apesar de porta-vozes da Casa Branca e do Departamento de Estado terem dito que a decisão foi baseada em várias considerações, incluindo espaço, custos e segurança.
"Embora eu não tenha os detalhes sobre o mecanismo específico que está sendo empregado na viagem do presidente para Nova York, posso confirmar que o presidente e sua delegação vão ficar no New York Palace Hotel", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, disse que a decisão foi seguida de uma avaliação "para ter em conta a alteração das circunstâncias".
Além da comitiva para a reunião da ONU, Toner disse que o departamento também está considerando se o Waldorf ainda deve servir como residência do embaixador dos EUA nas Nações Unidas. "Estamos revisando nossos protocolos de segurança e procedimentos operacionais padrão para garantir a segurança de nossas informações e de nossa equipe", afirmou.
Desde 1947, o Waldorf é a casa do embaixador nas Nações Unidas. Presidentes e altos funcionários do governo também usaram o hotel por décadas em suas viagens a Nova York.
"Estamos avaliando nossas opções", disse Toner. "A decisão sobre o local da residência do embaixador norte-americano na ONU deve necessariamente ter em conta vários fatores, como custos, necessidades do governo dos EUA e segurança."
Não ficou imediatamente claro se as autoridades norte-americanas teriam pedido que comitivas estrangeiras não fiquem no Waldorf. No entanto, uma versão inicial do cronograma do secretário de Estado, John Kerry, para Assembleia Geral deste ano mostra-lhe sem reuniões no hotel.
O Waldorf foi vendido em outubro do ano passado por US$ 1,95 bilhão para o grupo chinês Anbang. À época da transação, autoridades norte-americanas disseram que ela poderia ter implicações para a relação de longa data do governo com o hotel.
Os EUA acusam hackers chineses de estarem por trás de uma série de recentes ataques ao sistema de computadores governamental.