Kerry acrescentou que remover Assad do poder não é um ponto de atrito, estando ele aparentemente disposto a permitir o início das negociações.
"Não tem que ser em um dia ou um mês… há um processo pelo qual todas as partes têm que passar juntos para chegar a um entendimento melhor como isto pode ser alcançado", disse Kerry.
Tentativas anteriores de negociação entre algumas fações de grupos rebeldes e do governo sírio em 2012 e 2014 terminaram com impasse pois os EUA exigiram um acordo que removesse Assad do poder antes de as tentativas de mediação serem feitas.
"Por causa do envolvimento russo, a situação na Síria é cada vez mais complicada. Eu acho que nós precisamos discutir isso como parte de um problema muito maior — as pressões migratórias, a crise humanitária na Síria, bem como a necessidade de derrotar o Estado Islâmico (EI)", afirmou o chanceler britânico depois das negociações com o secretário de Estado americano John Kerry em Londres.
É de lembrar que o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov disse antes que, desde o início da crise síria, a postura oficial da Rússia é que somente o povo sírio pode definir o seu futuro e somente por via de eleições democráticas.