Conflito no leste da Ucrânia
Putin tem repetidamente afirmado que as autoridades ucranianas devem aprovar leis sobre as eleições locais e anistia para resolver o conflito.
“Como podem dialogar com as pessoas que estão sendo perseguidas? […] É necessário fazer com que a lei, antes aprovada pela Rada [Verkhovna Rada, o parlamento ucraniano], sobre o estatuto especial destes territórios [as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk], comece a vigorar. São os elementos chaves da regularização política”, acrescentou.
Naquele mesmo dia, Putin disse que não há variantes alternativas aos acordos de Minsk:
“Quanto à implementação dos acordos de Minsk, na minha opinião, não há alternativas a isso. O que é mais importante é estabelecer os contatos diretos entre as forças de Kiev e as autoridades de Donetsk e Lugansk para implementar os acordos de Minsk”.
Quanto aos rumores da possível adesão da região de Donbass, no Leste da Ucrânia, à Rússia, Putin disse que não é possível lidar com o assunto de forma espontânea:
“Os nossos corações a almas estão com Donbass, mas infelizmente tais assuntos não podem ser resolvidos na rua. São assuntos sérios que têm a ver com o destino de todo o povo da Rússia e pessoas que moram em Donbass”.
Mais cedo ainda, em inícios de setembro, o presidente russo frisou que as peripécias futuras do conflito ucraniano não dependem da Rússia:
“Isso não depende de nós, depende da paciência da Ucrânia, do povo ucraniano e de quanto o povo ucraniano quer aguentar este caos”.
Conflito na Síria
“Não há outras resoluções da crise síria senão reforçar as estruturas governamentais eficazes e prestá-los apoio para combater contra o terrorismo”, disse o presidente russo em uma entrevista ao canal CBS News.
Combate contra o Estado Islâmico
Depois, durante um encontro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) Putin reiterou que hoje em dia o terrorismo é um problema principal na agenda internacional:
“É evidente que os esforços conjuntos na luta contra o terrorismo são de maior importância hoje. Sem isso, não é possível resolver outros problemas crescentes inclusive o problema dos refugiados”.
Já no início do mês, durante o Fórum Econômico do Oriente, Putin frisou que há diferentes atitudes aos desenvolvimentos na Síria mas o problema principal é terrorismo:
“Á proposito, as pessoas não fogem do regime de Bashar Assad. Fogem do Estado Islâmico que tomou controle do território, incluindo vastos territórios na Síria e no Iraque. Ali há ferocidades. Fogem por isso”.
Relações russo-estadunidenses
“Já disse em uma das Linhas Diretas que as grandes potências, superpotências que querem ser exclusivas, consideram que são um único centro de poder no mundo não precisam dos aliados, precisam dos vassalos. Pressuponho os Estados Unidos. A Rússia não pode existir em tal sistema de relações”, disse o presidente durante a Linha Direta de 16 de abril.
Já no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, ressaltou:
“Uma Guerra Fria surge não em resultado dos conflitos armados mas em resultado das decisões globais, por exemplo, a saída dos EUA do Tradado de Defesa Antimíssil. Com efeito, isso é um passo que estimula-nos armar mais porque altera o sistema de segurança global”.