“Mudamos isso… assim não vai funcionar. É preciso uma transição gradual, uma transição controlada, para que não haja risco de revanches, vidas perdidas e vinganças”, respondeu Kerry ao jornalistas que perguntaram se os EUA exigiam uma renúncia imediata de Assad. Ele completou que uma saída abrupta de Assad pode provocar uma “implosão”, o que privaria o país de uma vida pública.
Segundo a interpretação da CNN, desse modo Kerry oficializou a mudança de posição dos EUA sobre a crise na Síria.
Além disso, Kerry afirmou durante a entrevista que a entrada da Rússia no conflito sírio pode ser uma oportunidade para os EUA solucionarem a crise.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao discursar nesta segunda-feira na Assembleia Geral da ONU, convocou a comunidade internacional à criar uma ampla e global coalizão antiterrorista com a participação de países muçulmanos. Rússia, Irã, Iraque e Síria criaram recentemente um centro de informação em Bagdá, com fins de coordenar o combate ao Estado Islâmico.
Síria vive um conflito armado desde 2011. Segundo dados da ONU, mais de 220 mil pessoas morreram nesta guerra. As forças do governo do país combatem militantes de diversos grupos armados. Os mais ativos são os terroristas membros do Estado Islâmico e da Frente al-Nusra. Não há uma frente unida de combate ao Estado Islâmico.