A operação área russa contra o Estado Islâmico fez com que o comando do grupo terrorista tomasse medidas urgentes. Segundo as informações obtidas pela Sputnik de fonte cujo nome não se revela por motivos de segurança, na capital não oficial do Estado Islâmico os bombardeios dos caças russos provocaram o pânico entre os terroristas.
“Pensavam que os caças russos iriam agir como os aviões norte-americanos que realizavam ataques localizados de pouca frequência à noite e depois partiam. Mas a aviação russa faz outra coisa. Os caças realizam bombardeamentos contínuos contra as posições do Estado Islâmico em Raqqa e nos seus arredores”, disse.
“Agora os militantes [do Estado Islâmico] não podem se deslocar sem preocupação no centro da cidade com armas na mão. Têm de vestir-se de burca e esconder as armas no seu interior para não serem descobertos”, disse a fonte.
Também o comando do Estado Islâmico proibiu os seus combatentes de se deslocarem em grandes grupos. Agora, quando precisam transportar armas tentam fingir que transportam móveis ou mudam de casa. Segundo a fonte, as restrições também abrangeram a vida religiosa dos militantes do Estado Islâmico.
“Além disso, o Estado Islâmico proibiu realizar orações coletivas. Antes, os membros do grupo terrorista realizavam orações todos juntos no centro da cidade”, frisou a fonte.
A fonte comunicou que, como medidas de precaução, o Estado Islâmico impediu de festejar casamentos e levar a cabo castigos públicos nas praças da cidade. Antes, quando um dos habitantes cometia um roubo ou era apanhado fumando ou cometendo qualquer outra ação considerada crime pelos jihadistas, era levado à praça no centro da cidade onde se realizavam julgamentos segundo a lei islâmica e era depois castigado publicamente. De acordo com a fonte, agora tais ações não são realizadas por motivos de segurança.
Segundo os dados do Ministério da Defesa russo, os ataques lançados pelos caças Su-34, Su-24M e Su-25 já destruíram uma série de infraestruturas do Estado Islâmico e danificaram significativamente a rede de comando e apoio logístico dos militantes.
Os alvos dos ataques são escolhidos com base nos dados de reconhecimento russo e sírio, inclusive através de reconhecimento aéreo. Segundo o Ministério da Defesa russo, o equipamento dos aviões russos permite atingir alvos do Estado Islâmico em todo o território sírio com "precisão absoluta".
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armadas, e não facções da oposição política ou civis.