A jornalista do Al-Mayadeen vestia um colete à prova de bala azul com a marcação “PRESS” (imprensa). Segundo agência de notícias Maan, “no vídeo do incidente, a repórter de repente para de falar durante a transmissão ao vivo e começa a gritar depois de ser atingida no rosto com granada”.
Mahamid foi levada ao hospital local. Porém, a destemida jornalista foi vista no ar mais tarde com atadura no rosto e pescoço.
A repórter declara que os soldados israelenses alvejaram intencionalmente a sua equipe de TV porque eles estavam filmando tumultos no bairro.
Confrontos entre as forças de segurança de Israel e palestinos começaram após Mohannad Hallabi, estudante de jurisprudência palestino de 19 anos ter sido morto a tiros na noite de sábado (3) depois de esfaquear fatalmente o judeu Aharon Bennett de 21 anos, ferir gravemente a sua esposa e ferir ligeiramente o filho deles de dois anos. Depois disso, o criminoso palestino matou Nehemia Lavi, um rabino de 41 anos e pai de sete crianças que correra para a cena do crime, diz o jornal israelense Haaretz. Segundo o The Telegraph, antes de executar os homicídios, o palestino escreveu na sua página no Facebook “A terceira intifada [rebelião popular palestina contra Israel] já está aqui”.
As forças de segurança responderam aos ataques com restrição de acesso dos palestinos à Cidade Velha, uma área cercada com muralhas e onde se localizam locais importantes para os muçulmanos, judeus e cristãos.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu anunciou que ordenou medidas severas que visam a prevenção de atos terroristas, detenção e punição de militantes palestinos que cometam crimes e prometeu “uma ofensiva dura contra o terror islâmico palestino”.