"Os nossos colegas do Ministério das Finanças da Ucrânia disseram que eles não tinham esses fundos no seu orçamento e nos ofereceram participar na reestruturação, juntamente com os credores comerciais. Quanto a isso, a posição russa foi inversa: não somos um credor comercial, somos um Estado soberano, por isso tais condições são inaceitáveis para nós", disse Siluanov a jornalistas após a reunião com Yaresko à margem da cúpula do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial em Lima, Peru.
A Rússia deu à Ucrânia um empréstimo de $15 bilhões em dezembro de 2013, tendo comprado eurobonds da Ucrânia equivalentes a $3 bilhões. O resto do empréstimo foi cancelado após a mudança de regime que teve lugar na Ucrânia em fevereiro de 2014.
Em setembro a Ucrânia iniciou a reestruturação duma parte da sua dívida pública. O governo ucraniano incluiu neste processo os eurobonds de 3 bilhões de dólares comprados pela Rússia. Kiev os considera comerciais, enquanto a Rússia anunciou muitas vezes que não planejava participar desta reestruturação e insiste que a Ucrânia pague $3 bilhões em pleno até ao final de 2015.
A dívida pública total da Ucrânia é de 70 bilhões de dólares, dos quais 40 bilhões constituem dívida internacional.
A Ucrânia tem sido cada vez mais dependente da ajuda externa a fim de restaurar a sua economia que foi significativamente enfraquecida pela mudança do poder de 2014 e pelas hostilidades no sudeste do país.