"A Rússia notificou os seus parceiros ocidentais da operação na Síria de antemão para demonstrar disposição para a cooperação", disse Vladimir Putin em uma entrevista para o programa noticiosa Vesti Nedeli.
“O fizemos [informámos] por boa vontade, se baseando na racionalidade e por desejo de mostrar que estamos dispostos ao trabalho conjunto”.
Vladimir Putin também confirmou que os prazos da operação russa na Síria são limitados pelos da ofensiva do exército sírio.
Além disse, Putin destacou que a Rússia não pretende se meter nos conflitos religiosos na Síria.
No momento do início da operação russa, 11 países já realizavam ataques no território sírio.
Os especialistas russos já enviaram as suas propostas sobre o combate ao terrorismo na Síria ao Pentágono.
No entanto, não está claro por que os EUA se recusaram a compartilhar os dados sobre o Estado Islâmico.
“Nós dissemos… nos dêem os objetivos. Eles se recusaram. Disseram: não vamos trabalhar neste nível. Não está claro porque, se eles na verdade sabem melhor e querem combater ao terrorismo”, disse o presidente Vladimir Putin durante a entrevista ao canal televisivo russo Rossiya 1.
O presidente adicionou que a política externa russa é pacífica, sem exagerar, a Rússia não precisa dos territórios adicionais, não há necessidade de entrar em conflito com ninguém.
Vladimir Putin disse que a Rússia não tem nenhum desejo de reconstruir um império. O essencial é de proteger a sua independência e a soberania.
“Não temos nenhum desejo de reconstruir um império, reconstruir a União Soviética, mas temos que proteger a nossa independência e soberania russa e nós, com certeza, o fazíamos e vamos fazer”, afirmou o presidente.
O Estado-Maior russo disse que os militantes do EI sofrem perdas significativas e estão mudando o tático, se escondendo nas povoações. Segundo os militares russos, os alvos são escolhidos na base dos dados da inteligência russa, síria, iraquiana e iraniana. Se usam armamentos de alta precisão.
O embaixador da Síria para a Rússia, Riad Haddad, confirmou antes que os ataques são realizados contra os agrupamentos armados, nem a oposição ou civis. Segundo ele, cerca de 40% das infraestruturas jihadistas no país árabe foram destruídas desde o início das operações militares russas.