Obama: EUA sabiam dos planos da Rússia de ajudar Assad

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O líder norte-americano declarou que os EUA têm "serviços secretos bastante bons" graças aos quais as ações da Rússia na Síria não foram grande surpresa.

Os EUA sabiam dos planos da Rússia de prestar ajuda militar ao presidente sírio Bashar Assad e, por isso, a operação da aviação russa contra o grupo terrorista Estado Islâmico não foi surpresa para Washington, declarou Barack Obama na entrevista ao canal de TV norte-americano CBS.

"Temos serviços secretos bastante bons. Vigiamos… Nós sabíamos que ele (o presidente russo Vladimir Putin – ed.) pretendia prestar ajuda militar, de que Assad necessitava, porque eles (russos – ed.) estavam preocupados com o possível colapso do regime."

A declaração foi feita em resposta à questão de um jornalista de programa 60 Minutes se ele sabia sobre as intenções do presidente russo durante a recente reunião com ele em Nova York.

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Segundo Obama, a estratégia russa na Síria não dará certo e o fato de a Rússia ter decidido enviar a aviação militar à região é a prova disso. O presidente dos EUA opina que a vitória sobre o Estado Islâmico não pode ser atingida enquanto Assad continuar no poder.

"Enquanto Assad continuar no poder, é muito difícil forçar o povo a se concentrar na luta contra o EI", declarou.

Não obstante, Barack Obama admitiu o fracasso do programa dos EUA de treinamento da oposição síria, quando o jornalista de CBS notou que no programa existem "falhas claras" e que os seus resultados são uma "vergonha".

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Na entrevista, o presidente dos EUA sublinhou que o país pretende continuar prestando apoio à assim chamada oposição moderada que luta para retirada de Assad do poder mas, mesmo assim, não planeja uma operação militar terrestre na Síria.

Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria, usando aviões Su-25, bombardeiros Su-24M, Su-34, protegidos por caças Su-30SM.

Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 140 missões contra as posições dos terroristas, nomeadamente postos de comando, campos de treinamento e arsenais. Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros.

Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano. O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.

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