Segundo os resultados da sondagem, mais de metade dos ucranianos (56%) opina que o pais está se desenvolvendo numa direção errada enquanto outros 20% estão seguros de que se desenvolve na direção correta.
A convicção de que o país não se está desenvolvendo na direção certa é muito popular porque, em cada região, a maioria expressa esta opinião. Apenas 28% dos respondentes em cada região pensam o contrário.
Na sondagem realizada pela IFES em setembro de 2014, os índices eram um pouco diferentes. Os que consideram que o país se desenvolvia de modo errado constituíram 42%, os que tinham uma opinião contrária, 34%.
A pesquisa também revelou “uma redução gradual da confiança nos líderes políticos”.
Ao todo, 62% dos respondentes dizem não ter confiança no presidente Poroshenko enquanto somente 32% expressa confiança no seu líder.
Os dados sobre a confiança no primeiro-ministro ucraniano Arseny Yatsenyuk também se alteraram. Ele mostrou uma queda semelhante na confiança: de 60% em setembro de 2014 para 20% nesta pesquisa.
O presidente do partido Udar (Golpe), Vitaly Klichko, também sofreu uma diminuição no que tange à confiança da população ucraniana, de 43% no ano passado para 25% agora.
A maioria dos ucranianos opina que as aspirações que havia na altura das manifestações e mudança de governo no início de 2014 não foram consideradas de forma adequada pelos líderes ucranianos.
Os dados da sondagem indicam que a falta de mudanças positivas que, segundo as esperanças da população, deviam acontecer depois dos acontecimentos em Maidan, em conjunto com a situação econômica muito grave no país, contribuíram para a alteração dos ânimos positivos da população ucraniana, que esperava reformas políticas e sociais.
A pesquisa também destaca que quase metade dos ucranianos considera que o país lucrará mais em ter laços estreitos na política e economia com a Europa (49%) do que com a Rússia (8%).