Adomanis destaca que em 1999 a Rússia ainda estava em situação de moratória pela sua dívida soberana e "aparentava exatamente como deveria parecer um país com uma economia em desenvolvimento num período de pós-crise. No entanto, em seguida a Rússia acumulou rapidamente uma grande quantia de dinheiro".
As "reservas" acumuladas pelo Banco Central russo se revelaram incrivelmente úteis durante a crise de 2009, quanto o país torrou mais de 200 bilhões de dólares numa tentativa de estabilizar a economia e evitar uma desvalorização "desordenada" do rublo, diz o artigo.
O analista atesta que foi parcialmente graças às ações agressivas do Banco Central que a Rússia conseguiu sair da crise mais rapidamente do que a maioria dos países europeus.
No entanto, a partir de 2014, quando a crise na Ucrânia e as decorrentes sanções por parte dos EUA e da União Europeia começaram a ter um impacto negativo sobre a economia, e a pressão sobre o rublo não parava de crescer, as autoridades russas começaram a gastar cada vez as reservas previamente acumuladas.
Apesar disso, explica Adomanis, a Rússia foi capaz de criar novamente um superávit modesto, o que contribui para o fato de que, provavelmente, Moscou conseguirá evitar aquela crise financeira tão prevista para o país.