Opinião: Rússia é muito forte para deixar Síria virar "Afeganistão"

© Sputnik / Andrei Stenin / Acessar o banco de imagensManifestação na Síria em apoio da Rússia
Manifestação na Síria em apoio da Rússia - Sputnik Brasil
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A Síria não será para a Rússia um "segundo Afeganistão", por mais que o presidente dos EUA, Barack Obama deseje isso. A opinião é do ex-vice-ministro da Defesa dos Estados Unidos, Dov Zakheim, em um artigo para a revista “The National Interest”.

“A Rússia fundamentalmente melhorou as relações com o Irã, Iraque, Egito e Israel, o que lhe permite cobrir todas as áreas da política do Oriente Médio. Tudo isso aponta para o fato de que Moscou possui posições fortes na região como nunca”, escreve Zakheim.

"Enquanto todo mundo reconhece que Putin busca preservar a presença da Rússia na Síria, poucos percebem que a Rússia está em uma posição muito mais forte no Oriente Médio, mais do que jamais houve, até mesmo durante a União Soviética", continua o autor.

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O ex-vice-ministro observa que “a Rússia e o Irã são hoje os principais bastiões de Bashar Assad; a Rússia promove boas relações com o Iraque, que vem se tornando mais forte; a Rússia reforçou suas relações com o Egito”. Além disso, o autor destaca que a Rússia possui ótimas relações com a maior potência no Oriente Médio – Israel.  

Todas estas circunstâncias, diz Zakheim, explicam por que Putin está em uma posição mais forte em relação à operação da Rússia na Síria do que outros poderiam estar em tal situação. 

"De fato, Putin abraça todas as bandeiras no Oriente Médio, fora a da Jordânia e países do Golfo, mas parece que ninguém poderia ter algum impacto negativo sobre a sua intervenção no conflito sírio ao lado do governo de Assad", conclui. 

 

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