“O muro erguido em frente das casas de Armon Hanatziv divide Jerusalém e representa uma conquista e recompensa para o terrorismo. Ele não trará segurança e deve ser removido imediatamente”, manifestou o ministro do Transporte, Yisrael Katz.
Uma série de outros ministros apoiaram as palavras de Katz, acrescentando que o muro dá impressão de que Jerusalém está sendo dividida.
A decisão de erguer o muro foi tomada na sequência do aumento de casos de ataques contra a polícia com coquetéis Molotov e pedras. O município de Jerusalém, junto com a polícia, definiram os pontos de maior fricção onde o muro será construído. Foi decidido erguer um muro com um comprimento total 300 metros para separar os bairros judeus dos bairros árabes.
Uma onda de violência sacudiu Jerusalém e Cisjordânia nas últimas semanas após confrontos em setembro entre a polícia israelense e palestinos no Monte do Templo, um lugar sagrado tanto para os judeus como para os muçulmanos. Desde o início deste mês pelo menos oito israelenses e 40 palestinos foram mortos, diz a edição +972 Magazine.
A +972 Magazine também informa que uma rede internacional de grupos e indivíduos judeus empenhada em defender a justiça na Palestina fez uma declaração apelando a Israel para acabar com os assassínios e a ocupação. A rede, que foi fundada neste verão, abrange neste momento 16 países, inclusive o Brasil, a Austrália, Suíça e África do Sul e representa 15 associações.
Segundo o preâmbulo da declaração, o grupo busca “reclamar a identidade judaica não como uma identidade nacionalista, mas como uma que celebra as nossas raízes, tradições e comunidades diversas onde quer que estejamos no mundo. Nós acreditamos que é essencial que haja uma voz judaica global para desafiar a política destrutiva de Israel, em solidariedade com a luta palestina. A rede internacional judaica visa tornar-se esta voz”.