A proposta da ministra foi feita após um menor palestino de 12 anos, Ahmed Manasra, ter participado, na semana passada, com o primo Hasan, de 15 anos, de um ataque a dois jovens israelitas, um de 13 e outro de 24 anos.
De acordo com a atual legislação, Ahmed não cumprirá pena de prisão por ter apenas 12 anos. Só a partir dos 14 anos é que a lei israelita permite a prisão de menores, o que abriu o debate público sobre a situação desse jovem.
O governo israelense pretende acelerar a aprovação da lei para que a criança de 12 anos, que se encontra internada, possa sair do hospital e ir diretamente para a prisão.
Grupos de direitos humanos e movimentos sociais criticaram Israel pelo tratamento legal e policial dado aos menores palestinos.
Desde 1º de outubro, quando se iniciou uma nova escalada de violência nas regiões de Jerusalém Oriental, Gaza e Cisjordânia, foram mortos 42 palestinos, sendo que, de acordo com o Centro Palestino para os Direitos Humanos, metade eram crianças. Do lado israelense, o número de mortes foi de oito.
Segundo a organização não governamental Human Rights Watch (HRW), “fechar os bairros de Jerusalém Leste violará a liberdade de movimento de todos os palestinos residentes sem ser uma resposta adequada a uma preocupação específica”. Segundo a ONG, os controles de Israel nas entradas desses bairros são “uma receita para o assédio e o abuso”.
Os bairros palestinos de Jerusalém Oriental são ocupados por Israel desde 1967. A região foi anexada em 1980, mas a medida nunca foi reconhecida internacionalmente.