O ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou esta semana que, para a normalização da crise na Síria, seria necessário consolidar os esforços de todos os grupos étnicos e confessionais da sociedade daquele país, incluindo os curdos.
“Nós sempre afirmamos que, do nosso ponto de vista, o regime sírio não é digno de confiança e não é capaz de tomar parte em nenhuma coalizão contra o Estado Islâmico”, sentenciou Toner durante o briefing desta quinta-feira (22), ao responder sobre a visão dos EUA sobre uma possível união das forças governamentais e as forças curdas na Síria.
“Gostaríamos de esperar que, durante esse encontro, a Rússia e o presidente Putin tenham usado a sua influência para pedir ao Assad que pare de maltratar o seu povo e que tome passos no sentido de estabelecer um processo político e pôr fim ao conflito. No entanto, eu não sei se essa mensagem foi transmitida”, disse Toner.
A Casa Branca, após a visita de Assad à Rússia, criticou as ações do Kremlin. Em um comunicado, a administração norte-americana lamentou a “recepção com tapete vermelho” oferecida ao líder sírio e alertou que isso não colabora para o fim do conflito naquele país do Oriente Médio. Já o Departamento de Estado afirmou não “estar surpreso com essa visita”, considerando as relações entre Moscou e Damasco, bem como preferiu não emitir previsões sobre os possíveis resultados da reunião dos líderes russo e sírio no combate ao Estado Islâmico.