A manifestação é uma iniciativa de várias organizações nacionais: a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN), o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), a Associação de Amizade Portugal-Cuba (AMPC), entre outras.
O lema da manifestação é “Sim à Paz! Não aos Exercícios Militares da OTAN!”
Ana Pires, dirigente da CGTP, falou em exclusivo à Sputnik sobre os objetivos deste protesto.
“Esta manifestação, embora não sendo de âmbito nacional, não é isolada. Nos últimos meses já tivemos várias tribunas públicas e colóquios em Lisboa, Porto e Setúbal para denunciar e sensibilizar a população sobre esta temática. O movimento sindical está bastante atento a este tema. Temos que dar o alerta porque, quando há guerra, são os povos e os trabalhadores que mais sofrem. Para além disso, a Constituição portuguesa prevê a dissolução da OTAN. Manifestamos o nosso repúdio pela realização dos Exercícios militares da OTAN, a decorrer em Portugal, Espanha e Itália até 6 de novembro”.
“Face à realização dos exercícios militares da OTAN em Portugal, Espanha e Itália, o PCP alerta para o significado e momento da realização daquele que é um dos maiores exercícios da história deste bloco político-militar, indissociável da sua estratégia de crescente militarização das relações internacionais, de expansão no Leste da Europa e de projecção de um ainda maior intervencionismo no Mediterrâneo, Norte de África e Médio Oriente. O PCP condena e reitera a sua posição contrária à participação de Portugal nestes exercícios da OTAN”, refere um comunicado partido.
A manifestação de hoje não representa nem testemunha com certeza a opinião dos portugueses em geral. Mas mostra que a instável situação militar que existe em muitas partes do mundo e o aumento da presença da OTAN na Europa, como mostram os exercícios em grande escala que estão decorrendo no sul do continente europeu, podem levar alguns povos europeus a questionar-se que esta Aliança é um garante da paz ou é um fator de guerra.