"A Rússia tem todo o direito de intervir militarmente na Síria", disse Guigou à Rádio França Internacional.
Ao mesmo tempo, a política francesa ressaltou que a Rússia deveria concentrar-se em bombardear alvos do EI sem tocar nas forças de oposição sírias.
Guigou também expressou a esperança de que, após os ataques aéreos russos várias facções sírias irão sentar na mesa de negociações para que um processo de construção da paz finalmente comece. Ela também enfatizou que para que a Síria tenha uma paz duradoura, representantes dos Estados Unidos, Rússia, UE, Irã e países do Oriente Médio devem tomar parte no processo de negociação.
"Primeiro um cessar-fogo deve ser implementado na Síria, então um período de transição política poderá começar, o qual precederia as negociações envolvendo todas as partes, exceto as organizações terroristas", explicou Guigou.
Quanto aos países da UE, todos eles deveriam concordar em uma política externa unificada no que se refere a Síria. No entanto, será algo difícil de se alcançar, haja visto que um mandatário da UE não pode interferir nos interesses soberanos dos membros da UE, argumentou a política francesa.
A Síria se encontra em um estado de guerra civil desde 2011, com as forças do presidente do país Bashar Assad enfrentando facções da oposição,bem como numerosos grupos extremistas, incluindo Estado Islâmico (EI) e a Frente al-Nusra.
Em 30 de setembro, a Rússia deu início a uma campanha aérea multinacional destinada a ajudar as forças lideradas por Damasco em sua luta contra os grupos terroristas que tentam derrubar o presidente Bashar Assad. A operação foi autorizada pelas legítimas autoridades sírias. Desde então a Rússia, a Síria, o Irã e o Iraque concordaram em cooperar na partilha de inteligência e da segurança na Síria, assim como criar um centro de informações em Bagdá com o objetivo de coordenar seus esforços em conjunto.