Em 2014, Washington alocou US$ 500 milhões para treinar 5.400 "combatentes sírios moderados" e armá-los com equipamento militar até o final de 2015.
No entanto, apesar das altas expectativas, o programa foi um gigantesco fracasso, reconhecido inclusive pelo secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter, no final do mês passado. Menos de 60 combatentes receberam o treinamento planejado, com apenas quatro ou cinco deles atualmente engajados no campo de batalha. Muitos dos outros combatentes foram mortos, dados como desaparecidos ou capturados por organizações radicais islâmicas.
A grande falha na estratégia norte-americana é o fato de que o equipamento militar e os veículos fornecidos aos combatentes supostamente moderados não raro acabam nas mãos de grupos terroristas como a al-Qaeda e o próprio Estado Islâmico. Além disso, alguns dos "rebeldes moderados", segundo a retórica de Washington, são de fato membros da Frente al-Nusra, braço local da famigerada Al-Qaeda.