EUA demitem general responsável pelo fracassado treinamento de 'rebeldes moderados’ sírios

© flickr.com / Joshua KrugerGeneral norte-americano Michael Nagata
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Depois de o programa norte-americano de treinamento de rebeldes sírios ter falhado e produzido apenas algumas dezenas de combatentes em vez dos 15 mil planejados originalmente, os EUA estão agora demitindo o General Michael K. Nagata, responsável pela execução do programa.

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Como parte de um programa de treinamento militar, Nagata havia sido encarregado de treinar rebeldes sírios supostamente moderados durante um período de três anos, a fim de prepará-los para lutar contra o grupo sunita Estado Islâmico, cujos afiliados também se opõem ao governo da Síria.  

Em 2014, Washington alocou US$ 500 milhões para treinar 5.400 "combatentes sírios moderados" e armá-los com equipamento militar até o final de 2015.

No entanto, apesar das altas expectativas, o programa foi um gigantesco fracasso, reconhecido inclusive pelo secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter, no final do mês passado. Menos de 60 combatentes receberam o treinamento planejado, com apenas quatro ou cinco deles atualmente engajados no campo de batalha. Muitos dos outros combatentes foram mortos, dados como desaparecidos ou capturados por organizações radicais islâmicas.

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Após o fracasso do plano, o General Nagata deverá ser nomeado para um cargo sênior em uma unidade de contraterrorismo. No entanto, não está claro como esta medida poderá ser benéfica. Os EUA parecem não ter aprendido a lição, uma vez que pretendem continuar a fornecer armas e munições aos rebeldes sírios.

A grande falha na estratégia norte-americana é o fato de que o equipamento militar e os veículos fornecidos aos combatentes supostamente moderados não raro acabam nas mãos de grupos terroristas como a al-Qaeda e o próprio Estado Islâmico. Além disso, alguns dos "rebeldes moderados", segundo a retórica de Washington, são de fato membros da Frente al-Nusra, braço local da famigerada Al-Qaeda.

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