"Nós nos reportamos tanto aos norte-americanos como líderes da respectiva coligação quanto aos países da região com o pedido de ajuda para alcançar aquelas pessoas que possam representar a tal oposição moderada e antiterrorista na Síria. Serei franco – não foi fácil encontrá-los e nós ainda continuamos nos esforçando para isso" – disse Lavrov em entrevista coletiva em Moscou.
Na véspera, o porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, havia confirmado informações de que representantes do ELS teriam visitado Moscou uma semana antes, para negociar a recente proposta de apoio por parte da Rússia na luta contra o EI.
No domingo (26) o chanceler russo Sergei Lavrov reafirmou a prontidão da Rússia em prestar apoio aéreo a grupos da “oposição patriótica, incluindo o ELS”. O único obstáculo, segundo o chanceler, é a falta de informações sobre a localização precisa dos rebeldes filiados ao grupo. Moscou não dispõe dessa informação, embora a tenha pedido repetidamente a países familiarizados com o ELS, incluindo os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.
Desde o dia 30 de setembro, a pedido do presidente sírio, Bashar Assad, a aviação russa bombardeia posições do Estado Islâmico no país. A Síria vive, desde março de 2011, um conflito armado que já deixou mais de 250 mil mortos, segundo estimativas da ONU. As tropas governamentais enfrentam diferentes grupos armados, inclusive o Estado Islâmico e a Frente Nusra, vinculada à al-Qaeda.