As autoridades dos países-membros da Aliança Atlântica e da Arábia Saudita afirmaram que a aviação russa atacou inclusive hospitais na Síria.
"Nós convocamos hoje os adidos militares dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Arábia Saudita, Turquia e OTAN solicitando apresentar uma explicação formal destas afirmações ou desmenti-las. Isso toca especificamente uma série de alegações escandalosas na mídia anglófona sobre supostos golpes aéreos contra hospitais", disse o vice-ministro da Defesa Anatoly Antonov.
"Acusam-nos não só de atacarmos a oposição "moderada", senão também alvos civis, como hospitais, assim como também mesquitas e escolas. O resultado disso, segundo a mídia ocidental, é a morte de pessoas inocentes. Lamentavelmente, vários representantes oficiais e políticos de uma série de Estados estrangeiros fazem declarações semelhantes", acrescentou Antonov.
Antonov citou as declarações do secretário da Defesa norte-americano Ashton Carter, secretário de Estado John Kerry, secretário geral da OTAN Jens Stoltenberg, ministro da Defesa britânico Michael Fallon e ministro da Defesa francês Jean-Yves le Drian como exemplos.
O Ministério da Defesa russo “está monitorizando e analisando tais declarações com muita atenção”, acrescentou. Segundo Antonov, a Rússia está informando a comunidade internacional sobre as ações russas na Síria todos os dias.
“Se os nossos parceiros têm algumas informações adicionais, temos apelado para que as compartilhem conosco”, afirmou.
Antonov também frisou que, se nenhuma evidência ou desmentido oficial sobre mortes dos civis na Síria aparecer, a Rússia considerará todas estas notícias falsas como parte de guerra midiática travada contra a Rússia.
“Em todos os casos de informação confirmada sobre hospitais, mesquitas, escolas destruídos, bem como de mortes dos civis em resultado das ações da Força Aeroespacial russa realizaremos uma investigação completa e a mídia ocidental…será informada”.
Desde 30 de setembro, a aviação russa, após o pedido do presidente sírio, Bashar Assad, está realizando golpes aéreos contra alvos do Estado Islâmico na Síria. Durante o tempo transcorrido desde o início da operação, a Força Aeroespacial russa realizou cerca de 930 voos, eliminando centenas de terroristas, dezenas de postos de comando, armazéns e outros alvos e instalações dos terroristas. Além disso, 26 mísseis de cruzeiro, lançados por navios da Frota do Mar Cáspio, também atingiram alvos do Estado Islâmico.
De acordo com os dados do Estado-Maior General da Federação da Rússia, os combatentes terroristas já começaram recuando, perdendo os armamentos e material bélico na linha de frente. Drones de reconhecimento russos aumentaram o número de voos para melhor controlar a situação.
O presidente russo Vladimir Putin confirmou mais cedo que o período da operação militar russa na Síria será limitado pelos resultados da ofensiva do exército sírio, negando a possibilidade de uso das Forças Armadas da Rússia para ações militares terrestres.